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A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA MENOPAUSA
O impacto na saúde da mulher
Héllen Cássia Nutrivida
12/23/202417 min ler


Mudanças nutricionais necessárias
A menopausa é uma fase significativa na vida das mulheres, marcada por alterações hormonais que podem afetar a saúde física e emocional. Durante essa transição, as necessidades nutricionais também sofrem mudanças importantes. Nutrição adequada pode aliviar sintomas desconfortáveis e prevenir doenças associadas a esta fase da vida. Entre os nutrientes essenciais a serem considerados estão o cálcio, a vitamina D, as fibras e os ácidos graxos ômega-3.
O cálcio é vital para a saúde óssea, especialmente porque a menopausa aumenta o risco de osteoporose devido à diminuição dos níveis de estrogênio. O consumo adequado de cálcio, que pode ser obtido através de laticínios, vegetais folhosos e produtos fortificados, auxilia na manutenção da densidade óssea. Além disso, a vitamina D desempenha um papel crucial na absorção do cálcio, e sua deficiência pode agravar problemas ósseos. Fontes de vitamina D incluem exposição à luz solar e alimentos como peixes gordurosos e gemas de ovo.
As fibras também são mais importantes durante a menopausa, pois ajudam na regulação do sistema digestivo e podem auxiliar no controle do peso. Alimentos ricos em fibras, como grãos integrais, frutas e legumes, não só promovem a saciedade como também ajudam a reduzir o risco de doenças crônicas, como diabetes e doenças cardíacas. Por fim, os ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes como sardinha e salmão, têm propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a minimizar sintomas da menopausa, como ondas de calor e mudanças de humor.
Assim, ao adotar uma dieta balanceada com ênfase nesses nutrientes, as mulheres podem gerenciar melhor os desafios da menopausa, promovendo uma saúde geral mais robusta e um bem-estar duradouro.
Alimentos que ajudam a aliviar sintomas menopáusicos
A menopausa é uma fase da vida da mulher que pode trazer uma série de sintomas desconfortáveis, incluindo flashes de calor, insônia e alterações de humor. A alimentação desempenha um papel fundamental nesse período, com certos alimentos se destacando por suas propriedades benéficas. Um dos grupos mais relevantes são os alimentos ricos em fitoestrogênios, que são compostos naturais que mimetizam o estrogênio no organismo. Esses alimentos podem auxiliar na modulação hormonal, reduzindo a intensidade dos sintomas relacionados à menopausa.
Dentre os principais alimentos ricos em fitoestrogênios, podemos citar a soja e seus derivados, como tofu e leite de soja. Esses produtos são amplamente reconhecidos por sua capacidade de ajudar a aliviar os flashes de calor. Além disso, sementes como linhaça e gergelim também são excelentes opções, sendo muito versáteis para incluir em diversas preparações culinárias. As frutas e vegetais, especialmente as frutas vermelhas, como morangos e framboesas, têm também um alto teor de antioxidantes, que contribuem para a redução do estresse oxidativo no corpo, promovendo bem-estar geral.
Além dos fitoestrogênios, outros superalimentos podem ser incorporados à dieta da mulher na menopausa. Alimentos ricos em ômega-3, como salmão e chia, são conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias e podem ajudar a melhorar o humor, combatendo a depressão e a ansiedade. A inclusão de grãos integrais, como quinoa e aveia, na alimentação pode auxiliar na regulação do sono, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Igualmente, o aumento da ingestão de água e chás de ervas, como camomila e erva-cidreira, pode auxiliar no relaxamento e na redução da insônia.
A escolha de alimentos adequados durante a menopausa pode ter um impacto significativo na saúde e no bem-estar geral. Abaixo, detalho os principais alimentos que as mulheres devem incluir em sua dieta durante esta fase, com base nos benefícios científicos comprovados:
1. Soja e produtos à base de soja
Por que consumir? A soja é uma das melhores fontes de fitoestrógenos, compostos que possuem uma estrutura semelhante ao estrogênio e que podem ajudar a equilibrar os níveis hormonais durante a menopausa. Diversos estudos, incluindo um publicado no Journal of Nutrition, demonstram que o consumo regular de soja pode reduzir a intensidade e frequência das ondas de calor e suores noturnos, sintomas comuns na menopausa.
Como consumir? Inclua tofu, tempeh, edamame e leite de soja em suas refeições diárias. Eles são versáteis e podem ser usados em sopas, saladas ou pratos principais.
2. Linhaça
Por que consumir? A linhaça é rica em lignanas, outro tipo de fitoestrógeno que pode ajudar a controlar os sintomas da menopausa, especialmente as ondas de calor. Além disso, a linhaça contém ácidos graxos ômega-3 e fibras, que promovem a saúde do coração e ajudam a manter o peso saudável. Um estudo publicado na Menopause Journal indicou que o consumo diário de linhaça pode diminuir a frequência das ondas de calor.
Como consumir? Adicione sementes de linhaça moídas a smoothies, iogurtes, cereais ou saladas para um impulso nutricional extra.
3. Vegetais de folhas verdes escuras (como Espinafre e Couve)
Por que consumir? Esses vegetais são fontes excepcionais de cálcio, um mineral essencial para a saúde óssea. A menopausa, com a redução dos níveis de estrogênio, aumenta o risco de osteoporose, e o cálcio é fundamental para ajudar a prevenir a perda de massa óssea. Além disso, esses vegetais são ricos em antioxidantes, como a vitamina C, que ajudam a combater a inflamação crônica e protegem o coração.
Como consumir? Incorpore espinafre, couve, alface e acelga em saladas, sucos verdes, omeletes ou sopas.
4. Salmão e peixes gordurosos (ricos em ômega-3)
Por que consumir? Os peixes gordurosos, como o salmão, a sardinha e a truta, são ricos em ácidos graxos ômega-3, que desempenham um papel importante na saúde cardiovascular. A menopausa aumenta o risco de doenças cardíacas devido à queda nos níveis de estrogênio, e os ácidos graxos ômega-3 ajudam a reduzir a inflamação, melhorar os níveis de colesterol e proteger o coração. Estudos, como um publicado no American Journal of Clinical Nutrition, sugerem que o consumo de ômega-3 também pode ajudar a melhorar o humor e reduzir o risco de depressão.
Como consumir? Inclua salmão grelhado, sardinha enlatada (sem óleo) ou atum em suas refeições pelo menos duas vezes por semana.
5. Frutas vermelhas (como morangos, framboesas e amoras)
Por que consumir? Frutas vermelhas são ricas em antioxidantes, como antocianinas, que protegem o corpo contra o estresse oxidativo e a inflamação. A menopausa pode levar a um aumento da inflamação no corpo, e esses compostos podem ajudar a combater esse efeito, promovendo uma melhor saúde geral. Além disso, as frutas vermelhas são ricas em fibras, o que pode ajudar no controle de peso e na regulação do sistema digestivo.
Como consumir? Inclua morangos, framboesas, amoras e mirtilos em smoothies, iogurtes, cereais ou simplesmente como um lanche saudável.
6. Leguminosas (feijão, lentilhas, grão-de-bico)
Por que consumir? As leguminosas são excelentes fontes de proteína vegetal, fibra, vitaminas do complexo B e ferro. Elas ajudam a manter o peso equilibrado, regulam o açúcar no sangue e melhoram a saúde do coração. Além disso, a fibra ajuda a reduzir a constipação, que pode ser um problema durante a menopausa devido às alterações hormonais.
Como consumir? Adicione feijão, lentilhas e grão-de-bico a sopas, saladas, hambúrgueres vegetais ou como acompanhamento de pratos principais.
7. Nozes e sementes (como amêndoas, nozes e sementes de abóbora)
Por que consumir? Nozes e sementes são fontes ricas de ácidos graxos essenciais, como o ômega-3, e minerais importantes, como magnésio, que são necessários para a saúde óssea e para a regulação do humor. O magnésio também é conhecido por ajudar a melhorar a qualidade do sono, um problema comum durante a menopausa. Estudo publicado no Journal of Nutrition mostrou que a ingestão de magnésio pode aliviar sintomas de ansiedade e insônia.
Como consumir? Inclua nozes e sementes em snacks ou adicione-os a saladas, iogurtes ou smoothies.
8. Produtos lácteos e alternativas fortificadas com cálcio (como leite, iogurte e tofu)
Por que consumir? Os produtos lácteos são fontes bem conhecidas de cálcio e vitamina D, dois nutrientes essenciais para a manutenção da saúde óssea. A perda de massa óssea é um risco durante a menopausa devido à diminuição do estrogênio, e o cálcio e a vitamina D ajudam a minimizar esse efeito, mantendo os ossos fortes. Se você é intolerante à lactose ou vegana, busque alternativas fortificadas, como leite de amêndoas ou de soja, e tofu.
Como consumir? Beba um copo de leite ou iogurte como lanche, ou use tofu em preparações salgadas ou doces.
9. Abacate
Por que consumir? O abacate é rico em ácidos graxos monoinsaturados, que ajudam a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL) e aumentar os níveis de colesterol bom (HDL). Além disso, o abacate é uma excelente fonte de vitamina E, um antioxidante que combate os efeitos do envelhecimento e melhora a saúde da pele, que pode ser afetada pela queda hormonal da menopausa.
Como consumir? Inclua o abacate em saladas, smoothies, sanduíches ou como acompanhamento de pratos principais
Portanto, uma alimentação equilibrada, rica em fitoestrogênios e outros nutrientes essenciais, é fundamental para mitigar os sintomas menopáusicos e promover o bem-estar físico e emocional das mulheres durante esta fase desafiadora da vida.
Alimentos a evitar durante a menopausa
A menopausa pode trazer uma série de mudanças significativas para a saúde da mulher, e a alimentação desempenha um papel crucial nesse período. Diversos alimentos têm o potencial de agravar os sintomas da menopausa e causar impactos negativos na saúde geral. Portanto, é essencial ser cauteloso com certos hábitos alimentares.
Um dos principais itens a ser evitado é a cafeína. Presente em bebidas como café, chá preto e alguns refrigerantes, a cafeína pode intensificar sintomas como insônia e ondas de calor. Além disso, o seu consumo excessivo pode causar ansiedade e irritabilidade, tornando a experiência da menopausa ainda mais desafiadora.
Outro item que merece atenção é o álcool. Embora muitas mulheres apreciem um drinque ocasional, o consumo regular de bebidas alcoólicas pode levar a um aumento da intensidade dos sintomas da menopausa, incluindo sudorese noturna e alterações de humor. Além disso, o álcool pode interferir na absorção de nutrientes importantes, contribuindo para deficiências nutricionais.
O açúcar é mais um componente que deve ser evitado. O consumo elevado de açúcares refinados pode resultar em flutuações nos níveis de energia e um aumento de peso, frequentemente relatado por mulheres na menopausa. Essa condição pode aumentar o risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e condições cardíacas.
Por fim, os alimentos processados, que geralmente são ricos em sódio, açúcares e conservantes, também podem causar efeitos adversos na saúde das mulheres durante a menopausa. Esses produtos podem contribuir para o ganho de peso e aumentar a pressão arterial, resultando em complicações adicionais.
Em vez de adotar esses alimentos prejudiciais, é aconselhável incluir em sua dieta opções mais saudáveis, como alimentos integrais, frutas, vegetais e fontes de proteínas magras, que podem ajudar a minimizar os sintomas da menopausa e promover o bem-estar geral.
A relação entre nutrição e saúde mental
A nutrição desempenha um papel fundamental na saúde mental, especialmente durante a menopausa, um período que pode trazer desafios emocionais significativos para muitas mulheres. Estudos demonstram que a alimentação está intimamente ligada ao humor e ao bem-estar psicológico. Isso se deve ao fato de que determinados nutrientes são essenciais para a produção de neurotransmissores, que regulam o humor e as emoções. Por exemplo, ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes como salmão e em sementes de linhaça, têm sido associados à redução de sintomas de ansiedade e depressão.
Além disso, a ingestão adequada de vitaminas e minerais, como as vitaminas do complexo B, zinco e magnésio, também contribui para a saúde mental. Esses nutrientes não apenas favorecem a função cerebral, mas também ajudam na proteção contra o estresse oxidativo, que pode ser exacerbado durante a menopausa. Assim, uma dieta equilibrada rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras pode fortalecer a resiliência emocional das mulheres.
É importante ressaltar que a relação entre nutrição e saúde mental não é unidirecional. O estado emocional também pode influenciar os hábitos alimentares. Mulheres que experimentam ansiedade ou depressão podem optar por alimentos menos saudáveis, como opções ricas em açúcares e gorduras saturadas, exacerbando ainda mais esses problemas. Portanto, é crucial que as mulheres na menopausa estejam atentas às suas escolhas alimentares, promovendo uma dieta que favoreça não apenas a saúde física, mas também a saúde mental.
Assim, ao gerenciar a nutrição durante a menopausa, é possível impactar positivamente a saúde mental. Investir em uma alimentação equilibrada rica em nutrientes pode ajudar a mitigar oscilações de humor, ansiedade e outras condições emocionais, promovendo um maior senso de bem-estar e qualidade de vida durante essa fase da vida.
Exemplos de planos alimentares e receitas
Adotar uma alimentação equilibrada durante a menopausa é essencial para promover a saúde e o bem-estar da mulher. A seguir, apresentamos exemplos de planos alimentares e receitas que incorporam alimentos benéficos como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras.
Um plano alimentar diário pode incluir o seguinte: no café da manhã, uma tigela de aveia com frutas vermelhas e uma colher de semente de linhaça, que são ricas em fibras e antioxidantes. Para o lanche da manhã, uma maçã com amêndoas proporciona uma combinação de carboidratos e gorduras saudáveis. O almoço pode consistir em uma salada de quinoa com grão-de-bico, espinafre, pepino e abacate, regada com azeite de oliva, que é uma boa fonte de ácidos graxos monoinsaturados.
No lanche da tarde, uma porção de iogurte natural com mel e nozes é uma excelente escolha, fornecendo probióticos e ácidos graxos essenciais. Para o jantar, um filé de salmão grelhado com brócolis vaporados e batata-doce assada oferece ômega-3 e fibras que ajudam na saúde óssea e cardiovascular. Para a sobremesa, um smoothie feito com banana e couve pode ser refrescante e nutritivo.
Para facilitar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, algumas dicas úteis incluem planejar as compras de forma semanal, preparar refeições em lote e aproveitar as sobras para novos pratos. Em relação às receitas, pode-se optar por sopas de legumes, wraps integrais com frango grelhado ou verduras refogadas como acompanhamento. O objetivo é criar refeições saborosas e nutricionalmente equilibradas que atendam às necessidades específicas de saúde durante a menopausa, garantindo assim uma melhor qualidade de vida.
Consultando um profissional de saúde
Durante a menopausa, as mulheres enfrentam uma série de mudanças hormonais que podem impactar a saúde de forma significativa. Diante dessas alterações, a consulta com um nutricionista ou outro profissional de saúde torna-se crucial para guiar a dieta e a nutrição. Um nutricionista qualificado possui o conhecimento necessário para analisar as necessidades nutricionais específicas de cada mulher, levando em consideração fatores como idade, peso, nível de atividade física, e histórico de saúde.
A personalização da nutrição é um dos benefícios mais importantes ao se consultar um especialista. A dieta que funciona para uma mulher pode não ser adequada para outra. Profissionais de saúde podem realizar uma avaliação abrangente e desenvolver um plano alimentar que auxilie no manejo dos sintomas da menopausa, como ondas de calor, alterações de humor e ganho de peso. Eles podem também recomendar alimentos ricos em nutrientes que são especialmente benéficos durante essa fase da vida, como aqueles que são fontes de cálcio, vitamina D e fitoestrógenos.
Além disso, ao trabalhar com um nutricionista, as mulheres têm a oportunidade de aprender sobre porções adequadas, a importância da hidratação e a inclusão de alimentos integrais na dieta diária. O nutricionista pode ainda fornecer estratégias para lidar com desejos alimentares e mudar hábitos não saudáveis, promovendo uma abordagem mais sustentável e equilibrada para a nutrição.
Portanto, ao considerar mudanças significativas na dieta durante a menopausa, consultar um profissional de saúde não é apenas recomendado, é essencial. Isso garante que as escolhas alimentares sejam seguras, eficazes e alinhadas com o bem-estar geral da mulher nesta fase. Em resumo, a orientação especializada pode fazer toda a diferença na saúde e qualidade de vida durante a menopausa.
Fitoterápicos mais indicados
Os fitoterápicos são uma alternativa cada vez mais buscada para o manejo dos sintomas da menopausa, especialmente para aquelas que preferem opções naturais ou querem evitar os efeitos colaterais de tratamentos hormonais. Vários estudos científicos e tradicionais mostram que algumas plantas e seus extratos podem ajudar a amenizar os sintomas mais comuns dessa fase da vida, como ondas de calor, alterações de humor, insônia e secura vaginal. Abaixo, apresento alguns fitoterápicos amplamente indicados e estudados para a menopausa, com base em evidências científicas.
1. Cimicifuga racemosa (Black Cohosh)
Por que é indicado? A Cimicifuga racemosa, conhecida como black cohosh, é uma das ervas mais populares e estudadas no tratamento dos sintomas da menopausa. Ela tem sido amplamente usada para aliviar as ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor e ansiedade. Acredita-se que ela atue no sistema nervoso central, possivelmente modulando os neurotransmissores envolvidos no controle da temperatura corporal e no equilíbrio emocional.
Evidência científica: Diversos estudos clínicos, como os publicados no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism e na Menopause Journal, demonstram que o uso de black cohosh pode reduzir a frequência e intensidade das ondas de calor, além de melhorar o bem-estar geral das mulheres na menopausa.
Como usar? O black cohosh pode ser encontrado em forma de cápsulas, comprimidos, extratos líquidos ou chá. A dosagem recomendada varia, mas é importante seguir a orientação de um profissional de saúde.
2. Isoflavonas de Soja
Por que é indicado? As isoflavonas de soja são fitoestrógenos que imitam o estrogênio no corpo, podendo ajudar a equilibrar os hormônios e reduzir os sintomas da menopausa, como as ondas de calor e a secura vaginal. Elas também têm um potencial benéfico para a saúde óssea e cardiovascular, que podem ser afetadas pela queda dos níveis de estrogênio.
Evidência científica: Estudos como o publicado no Journal of Nutrition mostraram que as isoflavonas de soja podem diminuir significativamente a frequência das ondas de calor, e até melhorar a função cognitiva e a qualidade de vida. Além disso, a soja pode ter um efeito protetor sobre a densidade óssea em mulheres na pós-menopausa.
Como usar? As isoflavonas de soja podem ser consumidas por meio de alimentos (como tofu, tempeh, edamame, leite de soja) ou suplementos. Para uso em suplementos, as doses variam, e é recomendável consultar um profissional.
3. Salvia officinalis (Sálvia)
Por que é indicada? A sálvia tem sido tradicionalmente utilizada para tratar sintomas como as ondas de calor e a sudorese excessiva. Alguns compostos presentes na planta, como flavonoides e ácidos fenólicos, têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que podem ajudar a equilibrar os níveis hormonais e melhorar o bem-estar geral.
Evidência científica: Estudos clínicos, como um publicado no Phytotherapy Research, demonstraram que a sálvia pode reduzir a intensidade das ondas de calor em mulheres na menopausa. Além disso, ela pode ajudar a melhorar a memória e o humor, sintomas frequentemente observados nesse período.
Como usar? A sálvia pode ser consumida na forma de chá, extrato ou cápsulas. A dosagem varia dependendo da forma e da concentração do produto, então é importante buscar orientação médica.
4. Trifolium pratense (Trevo vermelho)
Por que é indicado? O trevo vermelho é rico em isoflavonas, compostos fitoestrógenos que podem atuar de maneira similar ao estrogênio no corpo. Esse fitoterápico é amplamente utilizado para aliviar as ondas de calor, suores noturnos e outros sintomas relacionados à queda do estrogênio. Também é considerado útil para a saúde cardiovascular e óssea.
Evidência científica: Pesquisas, incluindo uma publicada no Maturitas Journal, sugerem que o trevo vermelho pode reduzir os sintomas da menopausa, melhorando a saúde óssea e diminuindo o risco de doenças cardíacas, comuns após a menopausa.
Como usar? O trevo vermelho está disponível em cápsulas, extratos líquidos ou chá. As doses recomendadas podem variar de acordo com o formato, sendo importante seguir as orientações de um especialista.
5. Vitex agnus-castus (Pimenteira de inhame)
Por que é indicado? A Vitex agnus-castus, também conhecida como pimenteira de inhame ou vitex, é um fitoterápico que pode ajudar a regular os hormônios femininos. Embora seja mais comum no tratamento da síndrome pré-menstrual (TPM), ela também pode ser eficaz para aliviar sintomas da menopausa, como alterações de humor e irritabilidade, ao estimular a produção de progesterona.
Evidência científica: Estudos, como o publicado no Journal of Herbal Pharmacotherapy, demonstram que o Vitex pode melhorar o equilíbrio hormonal, aliviando sintomas de distúrbios menstruais e sintomas menopáusicos, como ansiedade, insônia e alterações de humor.
Como usar? O vitex é geralmente encontrado em forma de cápsulas ou extrato. Recomenda-se usar com cautela, pois pode afetar os níveis hormonais e deve ser usado sob orientação de um médico.
6. Passiflora incarnata (Maracujá)
Por que é indicada? A Passiflora incarnata, ou maracujá, é uma planta conhecida por suas propriedades calmantes. Ela é eficaz no tratamento de insônia e ansiedade, dois sintomas que afetam muitas mulheres durante a menopausa. Além disso, pode ajudar a reduzir a tensão e a promover o relaxamento.
Evidência científica: Estudos publicados no Journal of Clinical Psychopharmacology indicam que a passiflora pode ser eficaz no tratamento da ansiedade e na melhora da qualidade do sono, sintomas que muitas mulheres enfrentam na menopausa.
Como usar? A passiflora pode ser consumida em forma de chá, cápsulas ou extrato líquido. Para efeitos sedativos, é recomendada a ingestão à noite.
Entendendo a Menopausa
A menopausa é um estágio natural da vida da mulher, que marca o fim do período reprodutivo. Geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos, embora a idade possa variar. A transição para a menopausa é um processo gradual que pode ser dividido em três fases: perimenopausa, menopausa e pós-menopausa. A perimenopausa é o período que precede a menopausa, caracterizado por alterações hormonais que podem começar até uma década antes do último ciclo menstrual. Durante essa fase, os níveis de estrogênio começam a flutuar, ocasionando sintomas como irregularidade menstrual, ondas de calor e alterações de humor.
A menopausa propriamente dita é definida como a ausência de menstruação por 12 meses consecutivos. Nesse estágio, a produção de hormônios femininos, como estrogênio e progesterona, diminui significativamente. Essa redução hormonal pode levar a uma série de sintomas e mudanças físicas, que incluem, mas não se limitam a, secura vaginal, alterações no sono, ganho de peso e alterações na saúde cardiovascular. A pós-menopausa é a fase que se segue à menopausa, durante a qual os sintomas podem continuar, mas a mulher já não menstrua mais.
Além dos sintomas físicos, a menopausa também pode impactar a saúde emocional e mental. Mulheres podem experimentar uma variedade de efeitos emocionais, como ansiedade, depressão e alterações de humor. Essas mudanças, juntamente com os desafios nas relações interpessoais e na autoestima, tornam a menopausa um período complexo. Compreender esses aspectos é fundamental, pois a nutrição pode desempenhar um papel significativo no manejo dos sintomas e na promoção do bem-estar geral. Uma alimentação balanceada e específica pode ajudar a mitigar alguns dos efeitos da menopausa, oferecendo suporte durante essa fase de transição.
Conclusão
A menopausa é uma fase de grandes mudanças, mas com o suporte adequado da alimentação, é possível navegar por ela com mais conforto e saúde. A adoção de uma dieta balanceada, rica em fitoestrógenos, cálcio, vitamina D, ácidos graxos essenciais e antioxidantes, não só pode aliviar sintomas, mas também ajudar a proteger contra doenças crônicas.
É importante lembrar que, antes de fazer mudanças significativas na dieta, é sempre aconselhável consultar um médico ou nutricionista especializado, especialmente quando se trata de tratamentos naturais e ajustes alimentares para lidar com os sintomas da menopausa.


Aqui estão os links para os estudos mencionados:
"Menopausa: Estratégias nutricionais contribuem para reduzir sintomas": Este estudo destaca que certos alimentos e nutrientes, como fitoestrógenos, cálcio e vitamina D, podem ser benéficos para mulheres na menopausa. Além disso, enfatiza a importância de evitar alimentos ultraprocessados, frituras e carnes processadas para minimizar os sintomas.
"Menopausa, uma abordagem nutricional para minimizar sinais e sintomas": Esta pesquisa sugere que fitoquímicos encontrados em alimentos como soja, linhaça e amora negra podem auxiliar na redução dos sintomas da menopausa.
"A importância da terapia nutricional para a saúde e qualidade de vida na menopausa": Este estudo indica que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e oleaginosas ricas em fitoestrógenos pode ajudar a reduzir patologias associadas à menopausa.
"Sintomas climatéricos e estado nutricional de mulheres na pós-menopausa": Este estudo analisa a relação entre sintomas da menopausa e o estado nutricional, sugerindo que a diminuição de hormônios ovarianos pode contribuir para mudanças metabólicas nesse período.
"Nutrição no climatério: quais os benefícios? Revisão integrativa": Esta revisão destaca que intervenções nutricionais durante o climatério podem resultar em benefícios significativos, incluindo perda de peso e redução dos sintomas da menopausa.
